segunda-feira, 9 de junho de 2025

Religiões no Brasil ´- Censo 2022 - IBGE



 Alguns dados de Cidades: Censo de 2022 - Religiões


Rio de Janeiro (RJ)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 43,6%

Evangélica 25,5%

Espírita 5,1%

Umbanda e Candomblé 3,5%

Tradições indígenas 0%

Outras 6%

Sem religião 16,1%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0,1%

...


São Paulo (SP)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 50,7%

Evangélica 23,2%

Espírita 3,8%

Umbanda e Candomblé 2,3%

Tradições indígenas 0%

Outras 6,3%

Sem religião 13,5%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0,1%

...


...


Fonte: IBGE

Vitória (ES)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 49%

Evangélica 28%

Espírita 2,6%

Umbanda e Candomblé 0,8%

Tradições indígenas 0%

Outras 4,7%

Sem religião 14,8%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,1%

...



Fonte: IBGE

Porto Alegre (RS)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 54,5%

Evangélica 13,3%

Espírita 5,5%

Umbanda e Candomblé 6,4%

Tradições indígenas 0,1%

Outras 4,8%

Sem religião 15,6%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0%

...


Fonte: IBGE

Brasília (DF)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 49,7%

Evangélica 29,2%

Espírita 3,3%

Umbanda e Candomblé 0,8%

Tradições indígenas 0%

Outras 4,9%

Sem religião 11,3%

Não sabe 0,6%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Belo Horizonte (MG)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 53,1%

Evangélica 27,3%

Espírita 3,9%

Umbanda e Candomblé 0,8%

Tradições indígenas 0%

Outras 5%

Sem religião 9,8%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0%

...



Fonte: IBGE

Rio Branco (AC)

Religião predominante Evangélica

Católica Apostólica Romana 30,5%

Evangélica 47,1%

Espírita 0,9%

Umbanda e Candomblé 0,4%

Tradições indígenas 0%

Outras 6%

Sem religião 14,8%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Armação dos Búzios (RJ)

Religião predominante Evangélica

Católica Apostólica Romana 25,6%

Evangélica 33,3%

Espírita 1,9%

Umbanda e Candomblé 0,9%

Tradições indígenas 0%

Outras 16,2%

Sem religião 21,8%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0,3%

...


Duque de Caxias (RJ)

Religião predominante Evangélica

Católica Apostólica Romana 29,6%

Evangélica 40,4%

Espírita 1,8%

Umbanda e Candomblé 2,2%

Tradições indígenas 0%

Outras 6,4%

Sem religião 19,2%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,3%

...


Fonte: IBGE

Nilópolis (RJ)

Religião predominante Evangélica

Católica Apostólica Romana 32,1%

Evangélica 32,9%

Espírita 3%

Umbanda e Candomblé 3,7%

Tradições indígenas 0%

Outras 5,9%

Sem religião 22,2%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,2%

...



Fonte: IBGE

Valença (RJ)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 59,1%

Evangélica 20,6%

Espírita 4,9%

Umbanda e Candomblé 3,3%

Tradições indígenas 0%

Outras 3,5%

Sem religião 8,5%

Não sabe 0%

Sem declaração 0%

...


São Gabriel da Cachoeira (AM)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 64,1%

Evangélica 29%

Espírita 0,1%

Umbanda e Candomblé 0,1%

Tradições indígenas 0,1%

Outras 1,2%

Sem religião 2,1%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 3,2%

...


Fonte: IBGE

Picos (PI)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 79,3%

Evangélica 14,8%

Espírita 0,2%

Umbanda e Candomblé 0,4%

Tradições indígenas 0%

Outras 1,7%

Sem religião 3,4%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Fortaleza (CE)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 60%

Evangélica 26,3%

Espírita 1,2%

Umbanda e Candomblé 0,6%

Tradições indígenas 0%

Outras 4%

Sem religião 7,6%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

São Luís (MA)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 53,6%

Evangélica 30,4%

Espírita 0,6%

Umbanda e Candomblé 0,7%

Tradições indígenas 0%

Outras 5,1%

Sem religião 9,3%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Vila Velha (ES)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 44,8%

Evangélica 36,5%

Espírita 1,5%

Umbanda e Candomblé 0,8%

Tradições indígenas 0,1%

Outras 5%

Sem religião 11,2%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0,1%

...



Fonte: IBGE

Maceió (AL)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 51,9%

Evangélica 29,9%

Espírita 1,5%

Umbanda e Candomblé 0,7%

Tradições indígenas 0%

Outras 3,5%

Sem religião 12,3%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Boa Vista (RR)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 36,4%

Evangélica 34,4%

Espírita 0,9%

Umbanda e Candomblé 0,4%

Tradições indígenas 0%

Outras 9,5%

Sem religião 18%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0,3%

...


Salvador (BA)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 44%

Evangélica 24,3%

Espírita 2,4%

Umbanda e Candomblé 2,8%

Tradições indígenas 0%

Outras 7,8%

Sem religião 18,5%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Macapá (AP)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 52,9%

Evangélica 33,9%

Espírita 0,8%

Umbanda e Candomblé 0,7%

Tradições indígenas 0%

Outras 3,8%

Sem religião 7,1%

Não sabe 0,7%

Sem declaração 

...


Manaus (AM)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 44,4%

Evangélica 39,5%

Espírita 0,6%

Umbanda e Candomblé 0,5%

Tradições indígenas 0%

Outras 6%

Sem religião 8,8%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Goiânia (GO)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 46,8%

Evangélica 33,9%

Espírita 3,7%

Umbanda e Candomblé 0,7%

Tradições indígenas 0%

Outras 5,6%

Sem religião 9,2%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Cuiabá (MT)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 52,6%

Evangélica 31,3%

Espírita 2,8%

Umbanda e Candomblé 1%

Tradições indígenas 0%

Outras 4,7%

Sem religião 7,6%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Campo Grande (MS)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 45,5%

Evangélica 34,3%

Espírita 3%

Umbanda e Candomblé 0,9%

Tradições indígenas 0%

Outras 5,8%

Sem religião 10,3%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Belém (PA)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 55,3%

Evangélica 33,4%

Espírita 1,3%

Umbanda e Candomblé 0,8%

Tradições indígenas 0%

Outras 3,4%

Sem religião 5,7%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

João Pessoa (PB)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 55,4%

Evangélica 29,1%

Espírita 1,4%

Umbanda e Candomblé 0,6%

Tradições indígenas 0%

Outras 5,3%

Sem religião 8,1%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Curitiba (PR)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 55,5%

Evangélica 25,5%

Espírita 2,7%

Umbanda e Candomblé 1,3%

Tradições indígenas 0%

Outras 4,8%

Sem religião 10%

Não sabe 0,1%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Recife (PE)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 47,5%

Evangélica 27,9%

Espírita 3,1%

Umbanda e Candomblé 0,9%

Tradições indígenas 0%

Outras 5,6%

Sem religião 14,9%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,1%

...


Fonte: IBGE

Teresina (PI)

Religião predominante Católica

Católica Apostólica Romana 70,2%

Evangélica 19,4%

Espírita 0,9%

Umbanda e Candomblé 0,8%

Tradições indígenas 0%

Outras 2,8%

Sem religião 5,8%

Não sabe 0%

Sem declaração 0,1%

...

Natal (RN)
Religião predominante Católica
Católica Apostólica Romana 58,6%
Evangélica 24,6%
Espírita 2,1%
Umbanda e Candomblé 0,5%
Tradições indígenas 0%
Outras 4%
Sem religião 9,9%
Não sabe 0%
Sem declaração 0,1%
...

Porto Velho (RO)
Religião predominante Católica
Católica Apostólica Romana 40,5%
Evangélica 38,7%
Espírita 1%
Umbanda e Candomblé 0,7%
Tradições indígenas 0,1%
Outras 5,8%
Sem religião 13,1%
Não sabe 0,1%
Sem declaração 0,1%
...

Fonte: IBGE
Florianópolis (SC)
Religião predominante Católica
Católica Apostólica Romana 53,2%
Evangélica 14,5%
Espírita 5,8%
Umbanda e Candomblé 2,1%
Tradições indígenas 0%
Outras 5,8%
Sem religião 18,4%
Não sabe 0,1%
Sem declaração 0,1%
...

Fonte: IBGE
Volta Redonda (RJ)
Religião predominante Católica
Católica Apostólica Romana 43,4%
Evangélica 34,7%
Espírita 4,5%
Umbanda e Candomblé 1,3%
Tradições indígenas 0%
Outras 5,2%
Sem religião 10,6%
Não sabe 0,2%
Sem declaração 0,1%
...

Campos Belos (GO)
Religião predominante Católica
Católica Apostólica Romana 62,9%
Evangélica 30,7%
Espírita 0,8%
Umbanda e Candomblé 0,2%
Tradições indígenas 0%
Outras 2%
Sem religião 3,1%
Não sabe 0,1%
Sem declaração 0,2%
...
Uberlândia (MG)
Religião predominante Católica
Católica Apostólica Romana 48,5%
Evangélica 28,5%
Espírita 6%
Umbanda e Candomblé 1%
Tradições indígenas 0%
Outras 5,9%
Sem religião 9,8%
Não sabe 0%
Sem declaração 0,1%
...
Fonte: IBGE
Andrelândia (MG)
Religião predominante Católica
Católica Apostólica Romana 83,2%
Evangélica 14,2%
Espírita 0,5%
Umbanda e Candomblé 0%
Tradições indígenas 0%
Outras 0,8%
Sem religião 1,3%
Não sabe 0%
Sem declaração 0%
...

Fonte: IBGE
São Lourenço (MG)
Religião predominante Católica
Católica Apostólica Romana 64%
Evangélica 21,2%
Espírita 3,5%
Umbanda e Candomblé 0,5%
Tradições indígenas 0%
Outras 5,8%
Sem religião 4,9%
Não sabe 0%
Sem declaração 0%
...

Fonte: IBGE
Juiz de Fora (MG)
Religião predominante Católica
Católica Apostólica Romana 56,8%
Evangélica 25,3%
Espírita 5,3%
Umbanda e Candomblé 1,2%
Tradições indígenas 0%
Outras 3,6%
Sem religião 7,7%
Não sabe 0%
Sem declaração 0,1%

São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil - 9 de junho


Foi sacerdote, missionário, professor, historiador e, especialmente, evangelizador e catequista. É considerado iniciador da literatura, do teatro e da poesia brasileira.

José de Anchieta chegou ao Brasil em 1554. A cidade ainda não existia. Havia apenas alguns aglomerados de aborígenes. Chegou aos 24 de janeiro, vigília da festa da Conversão de são Paulo. Educado em Portugal, José provinha daquelas nações que, naquela época, tanto contribuíram para o descoberta do mundo, Espanha e Portugal. Veio com o único objetivo de conduzir os homens a Cristo, transmitindo-lhes a vida de filhos de Deus, destinados à vida eterna. Veio sem exigir nada para si; pelo contrário, disposto a dar sua vida por eles.

Jovem, cheio de vida, inteligente, alegre por natureza, de coração aberto e amado por todos, brilhante nos estudos da Universidade de Coimbra, José de Anchieta soube granjear a simpatia de seus colegas, que gostavam de ouvi-lo recitar. Por causa do seu timbre de voz, chamavam-no “canarino” lembrando assim o canto dos pássaros de sua ilha natal, Tenerife, nas Canárias. Diante dele abriam-se muitas estradas ao sucesso. Mas, jovem de fé, estava atento às inspirações e moções de Deus que o atraía por outros caminhos. Buscava o silêncio, a solidão para orar. Muitas vezes, deixando de lado os livros, passeava sozinho, às margens do rio Mondego. Numa dessas caminhadas, entrou na catedral de Coimbra e, diante do altar da Virgem, sentindo uma grande paz, resolveu dedicar sua vida ao serviço de Deus e dos homens; fez o voto de castidade, consagrando-se a Maria. Tinha, então, 17 anos. A partir daí intensificou sua vida de oração. Demonstrava grande maturidade.

Profundamente impressionado com as cartas de são Francisco Xavier, que contavam as carências de tantos povos e países do Oriente, e desejando seguir tão eloquente exemplo, decidiu entrar na Companhia de Jesus. E assim, poucos anos depois, veio ao Brasil.

Uma vez missionário, José de Anchieta viveu o espírito do apóstolo dos gentios. Salvar as almas para a glória de Deus, este era o objetivo de sua vida. Isto explica a sua prodigiosa atividade, ao buscar novas formas de atuação apostólica, que o levavam a fazer-se tudo para todos. Não recusou nenhum esforço para compreender os seus “Brasis” e compartilhar-lhes a vida. Tornou-se exímio catequista que — seguindo o exemplo de Cristo Senhor, Deus feito homem para revelar o Pai —, vivendo entre os homens, falava-lhes de maneira simples, adaptando-se às suas categorias mentais e aos seus costumes. Promoveu e desenvolveu as aldeias, cujo coração era sempre a Casa de Deus, onde o sacrifício Eucarístico era celebrado regularmente e onde o Senhor sacramentado permanecia presente.

Padre Anchieta multiplicou-se incansavelmente através de tantas atividades, até mesmo do estudo da fauna e da flora, da medicina, da música e da literatura, mas tudo isso orientava para o bem verdadeiro do homem destinado a ser e viver como filho de Deus. O seu segredo era a sua fé: era homem de Deus. Por certo não lhe faltaram dores e penas, decepções e insucessos; também teve sua parte no pão de cada dia de todo apóstolo de Cristo, de todo sacerdote do Senhor. Mas em meio à sua incansável atividade e contínuo sofrimento, jamais faltou a calma, serena e viril certeza alicerçada no Senhor Jesus Cristo, com quem se encontrava e a quem se unia no mistério eucarístico: a quem se entregava continuamente para deixar-se plasmar pelo seu Espírito.

Não tendo nem papel nem tinta à disposição, na areia da praia escreveu com amor o seu poema — que aprendeu de cor: A virgem Maria, mãe de Deus. Eis aí as fontes da riqueza da vida e da atividade de Anchieta: a união profunda e ardente com Deus, o apego a Cristo presente na eucaristia, o terno amor a Nossa Senhora.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

Oração a São José de Anchieta

São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil,

Poeta da Virgem Maria intercede por nós, hoje e sempre.

Dá-nos a disponibilidade de servir a Jesus,

como tu o serviste nos mais pobres e necessitados.

Protege-nos de todos os males do corpo e da alma.

E, se for vontade de Deus, alcança-nos a graça, que te pedimos.

São José de Anchieta, rogai por nós!

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Temos Papa: Leão XIV

 

Habemus Papam


Habemus Papam: Leão XIV

O Conclave elegeu o cardeal Robert Prevost como o 267º Bispo de Roma. O anúncio à multidão foi dado pelo cardeal protodiácono Dominique Mambert


Annuntio vobis gaudium magnum; Habemus Papam! "Anuncio-vos uma grande alegria; temos um Papa!".

Há poucos instantes, da Sacada Central da Basílica de São Pedro, o cardeal protodiácono Dominique Mamberti pronunciou a tão aguardada fórmula em latim, comunicando a Roma e ao mundo o nome do novo Sucessor de Pedro:

“Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum Robertum Franciscum, Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinali Prevost, qui sibi nomen imposuit Leonem XIV.

Traduzindo para o português: "O eminentíssimo e reverendíssimo senhor, senhor Robert Francis, cardeal da Santa Igreja Romana PREVOST, que se impôs o nome de Leão XIV".


Vatican News

terça-feira, 6 de maio de 2025

Querido Francisco

 


Por Maria Clara Bingemer


Parece mentira que não veremos mais seu rosto bondoso e tantas vezes brincalhão. Ultimamente andava diferente, mas os olhos não perderam a luz e a vivacidade, expressando o que os lábios só conseguiam fazer com dificuldade: afeto, proximidade e até a proverbial sensibilidade cheia de humor que marcou seus 12 anos de pontificado. Como quando viu a senhora que frequentava assiduamente a praça levando flores amarelas e disse: Brava!


Agora fica conosco sua memória, nossa saudade e o extenso, imenso legado por você deixado. O choque da notícia de sua partida foi sendo amenizado ao longo destes dias em que tentávamos fazer o luto da perda que insistia em misturar-se com a gratidão e o louvor a Deus pelo dom que foi você para esta querida Igreja. E também e não menos para um mundo que parece perder o rumo e a cada dia aprofunda o que você tão sabiamente nomeou como “uma terceira guerra mundial em capítulos. “


Eu o conheci ainda Bergoglio e em nossa amada Buenos Aires. Não ainda Francisco de Roma. Recordo-me de sua sisudez e seriedade, em nada parecidas com o sorriso permanente e carinhoso que marcou seu pontificado. Mas já então, em meio a comentários de todo tipo sobre sua pessoa, sentia destacar-se a admiração por sua austeridade. O cardeal que caminhava a pé ou tomava ônibus e metrô para chegar de surpresa às comunidades pobres a fim de celebrar com os padres “villeros”. O prelado que telefonava a uma comunidade religiosa e chamava por uma certa irmã. E que perguntado por sua identidade respondia: Jorge. Quando a pergunta era insistente: Que Jorge? Respondia: Jorge Bergoglio, causando reboliço e agitação na comunidade de irmãs que não esperavam que seu arcebispo adotasse um estilo tão informal para comunicar-se com uma delas.


Assim aconteceu também quando de sua eleição à sé de Pedro. Seus telefonemas, cartas escritas de punho e letra, mensagens personalizadas confirmavam a presença do Papa com sua marca mais característica: “cercania”, termo de língua castelhana que em português se traduz por proximidade. Mas que é mais que isso. Se trata de uma proximidade afetiva e carregada de carinho, livre e abertamente demonstrado.


Parece que você adotou desde o início o estilo que recomendou a todos para construir uma Igreja em saída. Como orientação para que isso acontecesse, recomendou algo inusitado “Hagan lío” ou seja, “Façam agitação, criem movimento”. A pessoa do Papa era a primeira a fazer esse movimento que desconcertava e surpreendia por sua simplicidade, proximidade, cálida afetividade. E novamente, humor denunciado pelos olhos brejeiros e o sorriso contagiante.


Assim fomos sendo conquistados e quando percebemos estávamos a cada dia pendentes da novidade que iria nos surpreender desta vez. Qual seria sua ideia, sua proposta, sua criatividade que chamaria a atenção do mundo e da Igreja para a boa notícia da qual era responsável? Entre encantados, alegres e estupefatos fomos acompanhando e sendo ensinados


Por exemplo: sua ida a Lampedusa e Lesbos e o inflamado discurso que aí você pronunciou, voltando a atenção do mundo inteiro para a tragédia dos migrantes e a trágica “globalização da indiferença”. Em seguida, lemos sua encíclica Laudato Sì, e nos vimos diante de um novo capítulo da Doutrina Social da Igreja, celebrada pelos fiéis e muito,intensamente, por intelectuais agnósticos e cientistas céticos. Aprendemos com você que tudo está interligado e nosso destino está atrelado ao destino de todos os outros e de toda a criação.


Sua comunicação com os jovens foi outra surpresa que mostrou ao vivo e em cores o que você queria dizer com “cultura do encontro”. No Rio de Janeiro em 2013 você veio e depois de burlar a segurança, andar de carro comum com os vidros abertos, entrar nas comunidades mais pobres e tomar café, levantou uma praia de Copacabana com milhões de jovens falando em português palavras de ordem que eles repetiam entusiasmados como “Botar água no feijão” . Depois com um leve sorriso disse ao jornalista que falava da rivalidade entre brasileiros e argentinos: “O papa é argentino, mas Deus é brasileiro”. Em Lisboa aconteceu algo parecido com a multidão de jovens gritando com você que a Igreja era de “todos, todos, todos”.


Nos últimos tempos, acompanhando sua doença, angustiados e esperançosos, nos pareceu que você ia conseguir outra boa surpresa. E quando apareceu em público no domingo de Páscoa, abraçando a praça cheia de gente, abençoando a todos e com enorme esforço sussurrando poucas palavras, acreditamos que sua convalescença progredia.


Nosso despertar na segunda-feira foi chocante e muito triste. Choramos e sentimos profundamente. Mas ao recordar tudo que foi feito, dito, vivido, padecido e entregue, entendemos que naquela Páscoa seu único desejo era abraçar-nos a todos. E conseguiu fazê-lo. Um gesto derradeiro de sua paternal ternura que consola o sentimento de orfandade que em todos nós passou a habitar.


Muita saudade, querido Francisco. Valorizaremos seu legado. Levantaremos alto suas bandeiras. E continuaremos, com o melhor de nossas forças, a Igreja em saída, pobre e para os pobres que você tanto desejou. Abençoe-nos sempre, não deixe de acompanhar-nos. Por aqui, não rezamos mais por você, mas com você, na comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo que você já vive em plenitude. Amém.


Maria Clara Bingemer, professora do departamento de teologia da PUC-Rio




segunda-feira, 21 de abril de 2025

Adeus Papa Francisco: 21 de abril de 2025


A Igreja chora mas o céu se alegra

Unimo-nos à dor do mundo inteiro, fazendo nossas as palavras do anúncio feito pelo Cardeal Kevin Joseph Farrell:
“Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados.

Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”

O Papa Francisco nos indicou um novo horizonte, deslocando seu olhar do centro para as periferias existenciais. Que a Igreja e o seu sucessor sigam seu exemplo, assumindo a sua “revolução da ternura”.

Filhas de São Paulo

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

17 anos de céu de Ir. Dorothy




Um resumo da vida da missionária Ir. Dorothy,  morta há 17 anos, no dia 12 de fevereiro de 2005. Vídeo de "De olho na história". 

Dorothy deixou esta recomendação: "Vamos nos unir e amar uns aos outros".                                                                                            

 Acesse o vídeo : O martirio de Ir. Dorothy Stang

ttps://www.youtube.com/watch?v=qJDtwnaSgt4     

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

8ª Jornada Mundial dos Pobres - mensagem do Papa Francisco

 

A oitava Jornada Mundial dos Pobres acontece, no Brasil,  de 10 a 17 de novembro de 2024.

O tema é "Ouve o meu clamor" e o lema, "A oração do pobre eleva-se até Deus"  (cf. Eclo 21, 5). O Papa Francisco nos convida a abrir nossos corações a oração e à solidariedade com os mais necessitados. 

O Dia Mundial dos Pobres é uma celebração da Igreja, comemorada no 33º domingo do Tempo Comum, desde 2017. Foi instituído pelo Papa Francisco em sua Carta Apostólica Misericordia et Misera, de 20 de novembro de 2016 na conclusão  do Jubileu da Misericórdia. Leia a Mensagem do Papa Francisco

MENSAGEM DO  PAPA FRANCISCO

PARA O 8º DIA MUNDIAL DOS POBRES

XXXIII Domingo do Tempo Comum

17 de novembro de 2024


A oração do pobre eleva-se até Deus (cf. Eclo 21, 5)

Caros irmãos e irmãs!

1. A oração do pobre eleva-se até Deus (cf. Eclo 21, 5). No ano dedicado à oração, em vista do Jubileu Ordinário de 2025, esta expressão da sabedoria bíblica é ainda mais oportuna a fim de nos preparar para o VIII Dia Mundial dos Pobres, que acontecerá no próximo 17 de novembro. A esperança cristã inclui também a certeza de que a nossa oração chega à presença de Deus; não uma oração qualquer, mas a oração do pobre. Reflitamos sobre esta Palavra e “leiamo-la” nos rostos e nas histórias dos pobres que encontramos no nosso dia-a-dia, para que a oração se torne um modo de comunhão com eles e de partilha do seu sofrimento.

2. O livro de Ben-Sirá, ao qual nos referimos, não é muito conhecido e merece ser descoberto pela riqueza dos temas que aborda, sobretudo quando se refere à relação do homem com Deus e com o mundo. O seu autor, Ben-Sirá, é um mestre, um escriba de Jerusalém que, provavelmente, escreve no século II a.C. Radicado na tradição de Israel, é um homem sábio, que ensina sobre vários domínios da vida humana: desde o trabalho à família, desde a vida em sociedade à educação dos jovens; presta atenção às questões relacionadas com a fé em Deus e a observância da Lei. Aborda os problemas nada fáceis da liberdade, do mal e da justiça divina, que hoje são de grande atualidade também para nós. Inspirado pelo Espírito Santo, Ben-Sirá pretende transmitir a todos o caminho a seguir para uma vida sábia e digna de ser vivida diante de Deus e dos irmãos.

3. Um dos temas a que este autor sagrado dedica mais espaço é a oração, e fá-lo com grande ardor, porque dá voz à sua própria experiência pessoal. Efetivamente, nenhum texto sobre a oração poderia ser eficaz e fecundo se não partisse de quem se encontra diariamente na presença de Deus e escuta a sua Palavra. Ben-Sirá declara que, desde a sua juventude, procurou a sabedoria: «Quando eu era ainda jovem, antes de ter viajado, busquei abertamente a sabedoria na oração» (Eclo 51, 13).

4. No seu caminho, descobre uma das realidades fundamentais da revelação, ou seja, o fato de os pobres terem um lugar privilegiado no coração de Deus, a tal ponto que, perante o seu sofrimento, Deus se “impacienta” enquanto não lhes faz justiça: «A oração do humilde penetrará as nuvens, e não se consolará, enquanto ela não chegar até Deus. Ele não se afastará, enquanto o Altíssimo não olhar, não fizer justiça aos justos e restabelecer a equidade. O Senhor não tardará nem terá paciência com os opressores» (Eclo 35, 17-19). Deus, porque é um Pai atento e carinhoso para com todos, conhece os sofrimentos dos seus filhos. Como Pai, preocupa-se com aqueles que mais precisam dele: os pobres, os marginalizados, os que sofrem, os esquecidos... Ninguém está excluído do seu coração, uma vez que, diante d’Ele, todos somos pobres e necessitados. Somos todos mendigos, pois sem Deus não seríamos nada. Nem sequer teríamos vida se Deus não no-la tivesse dado. E, no entanto, quantas vezes vivemos como se fôssemos os donos da vida ou como se tivéssemos de a conquistar! A mentalidade mundana pede que sejamos alguém, que nos tornemos famosos independentemente de tudo e de todos, quebrando as regras sociais para alcançar a riqueza. Que triste ilusão! A felicidade não se adquire espezinhando os direitos e a dignidade dos outros.

A violência causada pelas guerras mostra claramente quanta arrogância move aqueles que se consideram poderosos aos olhos dos homens, enquanto aos olhos de Deus são miseráveis. Quantos novos pobres produz esta má política das armas, quantas vítimas inocentes! Contudo, não podemos recuar. Os discípulos do Senhor sabem que cada um destes “pequeninos” traz gravado em si o rosto do Filho de Deus, e que a nossa solidariedade e o sinal da caridade cristã devem chegar até eles. «Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto supõe estar docilmente atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 187).

5. Neste ano dedicado à oração, precisamos de fazer nossa a oração dos pobres e rezar com eles. É um desafio que temos de aceitar e uma ação pastoral que precisa de ser alimentada. Com efeito, «a pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual. A imensa maioria dos pobres possui uma especial abertura à fé; tem necessidade de Deus e não podemos deixar de lhe oferecer a sua amizade, a sua bênção, a sua Palavra, a celebração dos Sacramentos e a proposta dum caminho de crescimento e amadurecimento na fé. A opção preferencial pelos pobres deve traduzir-se, principalmente, numa solicitude religiosa privilegiada e prioritária» (ibid., 200).

Tudo isto requer um coração humilde, que tenha a coragem de se tornar mendigo. Um coração pronto a reconhecer-se pobre e necessitado. Existe, efetivamente, uma correspondência entre pobreza, humildade e confiança. O verdadeiro pobre é o humilde, como afirmava o santo bispo Agostinho: «O pobre não tem de que se orgulhar, o rico tem o orgulho para combater. Portanto, escuta-me: sê um verdadeiro pobre, sê virtuoso, sê humilde» (Discursos, 14, 4). O homem humilde não tem nada de que se vangloriar nem nada a reclamar, sabe que não pode contar consigo próprio, mas acredita firmemente que pode recorrer ao amor misericordioso de Deus, diante do qual se encontra como o filho pródigo que regressa a casa arrependido para receber o abraço do pai (cf. Lc 15, 11-24). O pobre, sem nada em que se apoiar, recebe a força de Deus e coloca n’Ele toda a sua confiança. Com efeito, a humildade gera a confiança de que Deus nunca nos abandonará e não nos deixará sem resposta.

6. Aos pobres que habitam as nossas cidades e fazem parte das nossas comunidades, recomendo que não percam esta certeza: Deus está atento a cada um de vós e está perto de vós. Ele não se esquece de vós, nem nunca o poderia fazer. Todos nós fazemos orações que parecem não ter resposta. Por vezes, pedimos para sermos libertados de uma miséria que nos faz sofrer e nos humilha, e Deus parece não ouvir a nossa invocação. Mas o silêncio de Deus não significa distração face ao nosso sofrimento; pelo contrário, contém uma palavra que pede para ser acolhida com confiança, abandonando-nos a Ele e à sua vontade. É ainda Ben-Sirá que o testemunha: “O juízo de Deus será em favor dos pobres” (cf. 21, 5). Da pobreza, portanto, pode brotar o canto da mais genuína esperança. Lembremo-nos de que «quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. […] Esta não é a vida no Espírito que jorra do coração de Cristo ressuscitado» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 2).

7. O Dia Mundial dos Pobres tornou-se um compromisso na agenda de cada comunidade eclesial. É uma oportunidade pastoral que não deve ser subestimada, porque desafia cada fiel a escutar a oração dos pobres, tomando consciência da sua presença e das suas necessidades. É uma ocasião propícia para realizar iniciativas que ajudem concretamente os pobres, e também para reconhecer e apoiar os numerosos voluntários que se dedicam com paixão aos mais necessitados. Devemos agradecer ao Senhor pelas pessoas que se disponibilizam para escutar e apoiar os mais pobres: sacerdotes, pessoas consagradas e leigos que, com o seu testemunho, são a voz da resposta de Deus às orações daqueles que a Ele recorrem. Portanto, o silêncio quebra-se sempre que se acolhe e abraça um irmão necessitado. Os pobres têm ainda muito para ensinar, porque numa cultura que colocou a riqueza em primeiro lugar e que sacrifica muitas vezes a dignidade das pessoas no altar dos bens materiais, eles remam contra a corrente, tornando claro que o essencial da vida é outra coisa.

A oração, por conseguinte, encontra o certificado da sua autenticidade na caridade que se transforma em encontro e proximidade. Se a oração não se traduz em ações concretas, é vã; efetivamente, «a fé sem obras está morta» (Tg 2, 26). Contudo, a caridade sem oração corre o risco de se tornar uma filantropia que rapidamente se esgota. «Sem a oração quotidiana, vivida com fidelidade, o nosso fazer esvazia-se, perde a alma profunda, reduz-se a um simples ativismo» (BENTO XVI, Catequese, 25 de abril de 2012). Devemos evitar esta tentação e estar sempre vigilantes com a força e a perseverança que nos vem do Espírito Santo, que é dador de vida.

8. Neste contexto, é bom recordar o testemunho que nos deixou Madre Teresa de Calcutá, uma mulher que deu a vida pelos pobres. Esta santa repetia continuamente que a oração era o lugar donde tirava força e fé para a sua missão de serviço aos últimos. Quando falou na Assembleia Geral da ONU, a 26 de outubro de 1985, mostrando a todos as contas do terço que trazia sempre na mão, disse: «Sou apenas uma pobre freira que reza. Ao rezar, Jesus põe o seu amor no meu coração e eu vou dá-lo a todos os pobres que encontro no meu caminho. Rezai vós também! Rezai, e sereis capazes de ver os pobres que tendes ao vosso lado. Talvez no mesmo andar da vossa casa. Talvez até nas vossas próprias casas há quem espera pelo vosso amor. Rezai, e abrir-se-ão os vossos olhos e encher-se-á de amor o vosso coração».

E como não recordar aqui, na cidade de Roma, São Bento José Labre (1748-1783), cujo corpo jaz e é venerado na igreja paroquial de Santa Maria ai Monti. Peregrino desde França até Roma, rejeitado em muitos mosteiros, viveu os seus últimos anos pobre entre os pobres, passando horas e horas em oração diante do Santíssimo Sacramento, com o terço, recitando o breviário, lendo o Novo Testamento e a Imitação de Cristo. Não tendo sequer um pequeno quarto para se alojar, dormia habitualmente num canto das ruínas do Coliseu, como “vagabundo de Deus”, fazendo da sua existência uma oração incessante que subia até Ele.


9. No caminho para o Ano Santo, exorto todos a fazerem-se peregrinos da esperança, dando sinais concretos de um futuro melhor. Não nos esqueçamos de guardar «os pequenos detalhes do amor» (Exort. ap. Gaudete et Exsultate, 145): parar, aproximar-se, dar um pouco de atenção, um sorriso, uma carícia, uma palavra de conforto... Estes gestos não podem ser improvisados; antes, exigem uma fidelidade quotidiana, muitas vezes escondida e silenciosa, mas fortalecida pela oração. Neste momento, em que o canto da esperança parece dar lugar ao ruído das armas, ao grito de tantos inocentes feridos e ao silêncio das inúmeras vítimas das guerras, dirijamos a Deus a nossa invocação de paz. Somos pobres de paz e, para a acolher como um dom precioso, estendemos as mãos, ao mesmo tempo que nos esforçamos por costurá-la no dia-a-dia.

10. Em todas as circunstâncias, somos chamados a ser amigos dos pobres, seguindo os passos de Jesus, que foi o primeiro a solidarizar-se com os últimos. Que a Santa Mãe de Deus, Maria Santíssima, nos sustente neste caminho; ela que, aparecendo em Banneux, nos deixou uma mensagem a não esquecer: «Eu sou a Virgem dos pobres». A ela, a quem Deus olhou pela sua humilde pobreza e em quem realizou grandes coisas com a sua obediência, confiemos a nossa oração, convictos de que subirá até ao céu e será ouvida.

Roma – São João de Latrão, na Memória de Santo António, Patrono dos pobres, 13 de junho de 2024.


FRANCISCO


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